terça-feira, 9 de agosto de 2011

Un coeur en Provence

Ainda não conheço a Provença, mas como adoro alfazema e a França, estão reunidas as condições para já gostar antes de conhecer.
Um belíssimo site dá-nos a conhecer aquele ambiente romântico e bucólico da paisagem provençal - http://coeurenprovence.blogspot.com/.


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Couronnée d'étoiles - saudação a Maria

Nous te saluons,
Ô toi Notre Dame,
Marie,vierge sainte que drape le soleil.
Couronnée d'étoiles, la lune est sous tes pas.
En toi nous est donnée
L'aurore du salut

1. Marie Eve nouvelle et joie de ton Seigneur
Tu as donné naissance à Jésus le Sauveur.
Par toi nous sont ouvertes les portes du jardin
Guide-nous en chemin, Etoile du Matin
2. Tu es restée fidèle, mère au pied de la croix.
Soutiens notre espérance et garde notre foi.
Du côté de ton fils, tu as puisé pour nous
L'eau et le sang versés qui sauvent du péché.
3. Quelle fut la joie d'Eve lorsque tu es montée,
Plus haut que tous les anges, plus haut que les nuées,
Et quelle est notre joie, douce Vierge Marie
De contempler en Toi la promesse de vie.
4. Ô Vierge immaculée, préservée du péché,
En ton âme, en ton corps, tu entres dans les cieux.
Emportée dans la gloire, Sainte reine des cieux,
Tu nous accueilleras un jour auprès de Dieu.

Caillebotte: o impressionista esquecido

Em Paris, descoberta de Gustave Caillebotte, mecenas e impressionista nas horas vagas, esquecido e agora redescoberto numa exposição de obras suas e de fotos de seu irmão.
Não foi um pintor revolucionário, foi deprezado pelo Estado francês (a quem fez importante legado), pelo Louvre e pelas correntes artísticas dominantes do seu tempo, mas deixou uma obra que se descobre com gosto, pela intimidade e intensidade dramática (próxima da solidão de Hoper), pela perspectiva estranha (nem sempre convincente), enfim, por uma modernidade timidamente anunciada.
Uma obra sem pretensões, breve mas intensa.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O tempo das suaves raparigas

ORLA MARÍTIMA
O tempo das suaves raparigas
é junto ao mar ao longo da avenida
ao sol dos solitários dias de dezembro
Tudo ali pára como nas fotografias
É a tarde de agosto o rio a música o teu rosto
alegre e jovem hoje ainda quando tudo ia mudar
És tu surges de branco pela rua antigamente
noite iluminada noite de nuvens ó melhor mulher
(E nos alpes o cansado humanista canta alegremente)
«Mudança possui tudo»? Nada muda
nem sequer o cultor dos sistemáticos cuidados
levanta a dobra da tragédia nestas brancas horas
Deus anda à beira de água calça arregaçada
como um homem se deita como um homem se levanta
Somos crianças feitas para grandes férias
pássaros pedradas de calor
atiradas ao frio em redor
pássaros compêndios da vida
e morte resumida agasalhada em asas
Ali fica o retrato destes dias
gestos e pensamentos tudo fixo
Manhã dos outros não nossa manhã
pagão solar de uma alegria calma
De terra vem a água e da água a alma
o tempo é a maré que leva e traz
o mar às praias onde eternamente somos
Sabemos agora em que medida merecemos a vida


Ruy Belo,
[in O Tempo das Suaves Raparigas E Outros Poemas de Amor, Assírio & Alvim, 2010]


Paris

Paris não é um cliché. A ela volto cada vez mais seduzida. Tanto e tanto para descobrir a cada regresso. O meu Paris não é o dos turistas, é íntimo, mas também mundano. É uma festa, como sentiu Hemingway.

Deixo aqui a minha lista de preferências.

Quartiers: 6ème, 4ème
Hotel: Bel Ami
Decoração: Comptoir de Famille, Blanc d’Ivoire
Moda: a trilogia da petite parisienne: BA&SH, Sandro, Maje. Et en plus: Manoukian, Bompard, Pierlot, Derhy, Marant, Sessun, Les Petites, Vanessa Bruno
Livraries: La Procure
Sites: My Little Paris, Do It in Paris
As ilustrações: Kanako Kuno, japonesa convertida em petite parisienne









Peónias

Estas flores despertam os sentidos: a cor, o volume, o cheiro enebriam. O espaço habitado pelas peónias é o da beleza.




Grécia





Grécia, ilha de Mykonos. Buganvílias a cair de pérgolas, casas caiadas de branco e azul, cidade cheia de movimento e intensidade, sabor a férias, cheiro a estância balnear. E a luz da Grécia: branca, intensa, aguda, como diz Sophia.

Ressurgiremos ainda sob os muros de Cnossos
E em Delphos centro do mundo
Ressurgiremos ainda na dura luz de Creta

Ressurgiremos ali onde as palavras
São o nome das coisas
E onde são claros e vivos os contornos
Na aguda luz de Creta

Ressurgiremos ali onde pedra estrela e tempo
São o reino do homem
Ressurgiremos para olhar para a terra de frente
Na luz limpa de Creta

Pois convém tornar claro o coração do homem
E erguer a negra exactidão da cruz
Na luz branca de Creta.


Sophia de Mello Breyner Andresen in Livro Sexto

René Gruau

Descubro a beleza e nostalgia das ilustrações de René Gruau e outros grandes ilustradores dos anos 20 a 50.  De forma compulsiva, dedico-me à compilação de ilustrações destes ilustradores, que nos transportam até à magia da alta costura, da elegância, da classe e duma visão eterna do chic.